Rio de Janeiro se destacou na deleção brasileira que estava em Lima, no Peru. Doze atletas de 9 a 26 anos competiram em todas as categorias e fizeram a alegria da torcida brasileira trazendo sete medalhas e contribuindo para as premiações por equipe.

Em seu último ano na categoria juvenil, Isabela Monteiro foi o grande destaque do ano. É a atual campeã brasileira, sul-americana e bicampeã pan-americana. Também foi escalada para o time olímpico que se apresentou na Gala de Ginástica na Rio 2016, além de ter ficado entre as 25 melhores do mundo no Campeonato Mundial da Coréia, classificada em vigésimo segundo lugar.Na categoria sênior, Paulo Cesar dos Santos, 20 anos, atleta do Centro Esportivo Ramiro e do Time Estácio de Atletas trouxe o bronze no individual e a prata na categoria dupla mista acompanhado de Luamar Martin, 26 anos.

Paulo, pelos seus resultados na modalidade, é bolsista da Universidade Estácio de Sá. Luamar, que também é formada pela Estácio de Sá em educação física, faz parte do corpo de professores do Centro Esportivo Ramiro, é auxiliar técnica e coreógrafa de Ramiro Lima, técnico da Seleção Brasileira de Ginástica Aeróbica e Diretor do Centro Esportivo Ramiro. Com o ouro ficou a dupla da UFMG, Rebeca Silva e Lucas Santiago.

Maria Marino Alli sagrou-se medalhista de bronze no campeonato Pan Americano. Maria nasceu e morou na Espanha onde praticava ginástica rítmica. Quando a família voltou para o Brasil, procurou por uma escola que, além de ser ótima no conteúdo, valorizasse o esporte.

Encontraram sua resposta no Colégio Notre Dame do Recreio que concilia um excelente nível pedagógico e ainda é a Sede da Seleção Brasileira de Ginástica Aeróbica, no Rio. Maria tem 14 anos e é aluna do oitavo ano. “Nós acreditamos muito no poder de transformação do esporte. Na vida saudável que ele exige e na disciplina e determinação que passam para todas as áreas e para a vida toda. A Maria tem se superado, conquistado novos títulos, está feliz e indo muito bem nos estudos. Ela foi aprovada sem nenhuma recuperação para o nono ano. Está tendo uma base acadêmica sólida e a oportunidade de viver uma experiência única. Somos super orgulhosos que ela seja da Seleção Brasileira e que o Notre Dame apoie o projeto “, declara a mãe da aluna, Sra. Alessandra Alli.

No infantil, seis atletas da nova geração representaram muito bem o Brasil. Luiza Conte, Manoella Aparecida Leite e Maria Eduarda Bebiano são as medalhistas de ouro, prata e bronze na prova individual do campeonato brasileiro. Juntas são, na categoria trio, bi campeãs brasileiras e sul-americanas e acabam de trazer a medalha de prata pan-americana. E não para por aí: as três juntamente com Amanda de Marco e Lara Pedro também trouxeram a medalha de bronze no pan-americano na categoria grupo.

Amanda, Lara e Isabella Duarte em seu primeiro campeonato internacional, estão entre as oito melhores das Américas, em quinto lugar na categoria trio. Elas foram descobertas através de uma seletiva na Baixada Fluminense e agora também são atletas da Seleção Brasileira. A Seletiva foi promovida por Ramiro Lima com apoio do CONI Brasile (Comitê Olímpico Nacional Italiano no Brasil) e Shopping Grande Rio. A ação aconteceu dentro do Giocchi della Gioventù e agora a aeróbica é uma modalidade oficial dos Jogos da Juventude Brasil e Itália.

O Rio de Janeiro está sem dúvida com a melhor base da ginástica aeróbica no Brasil. Luiza Conte, 10 anos, ainda foi a primeira brasileira a conquistar ouro no ANAC Aerobic Worldwide USA, seguida de Manoella Leite, 11 anos que conquistou a prata. Ambas, na Copa do Mundo de Portugal, também se saíram muito bem. Luiza ficou entre as oito finalistas, em sétimo lugar e Manoella Leite, em décimo lugar.

Maria Eduarda Poli, diretora do comitê técnico da CBG e membro da diretoria de ginástica aeróbica da FIG destacou que o campeonato Pan Americano foi sensacional. Uma revelação da força da Aeróbica Brasil com uma delegação de 40 atletas, a terceira maior do campeonato, atrás somente do Peru e da Argentina. “Os resultados foram excelentes no geral e o Rio de Janeiro teve uma participação incrível trazendo o bicampeonato na categoria Juvenil Feminino que é uma prova muito disputada. Além disso, também trouxe excelentes resultados em todas as demais categorias que participou”. Maria Eduarda destacou também que as seletivas promovidas pelo Centro Esportivo Ramiro estão trazendo uma renovação de atletas e espera que essa ideia se espalhe para todo o Brasil.

Todo esse trabalho reforça a campanha que a Ginástica Aeróbica está fazendo para se tornar uma modalidade olímpica em 2024. Os comitês internacionais tem trabalhado para deixar a modalidade cada vez mais adequada às exigências técnicas das ginásticas olímpicas dirigidas pela FIG – Federação Internacional de Ginástica: a artística, a rítmica e o trampolim.

Pesquisas e levantamentos são realizados e alterações sugeridas nos códigos de pontuação para que esse sonho, em breve, seja realidade. Uma das pessoas que, no Brasil, pesquisa arduamente sobre esse tema é a professora Katia Lemos da EEFFTO/ UFMG. Ela coordena um projeto há 20 anos sobre a Ginástica Aeróbica. É técnica, árbitra internacional e, neste ano, lançou a segunda versão do Caderno Técnico de Ginástica Aeróbica Esportiva – Erros Comuns nos Processos Pedagógicos dos Elementos de Dificuldade com a intenção de auxiliar coreógrafos e treinadores que desejam se aprofundar e realizar as rotinas de acordo com as técnicas exigidas no código. Nesta matéria você tem acesso ao link dos livros para download. Para Caderno Técnico de Ginástica Aeróbica – Versão em português ou Technical Handbook II – Aeróbic Gymnastics Description / Common Errors / Pedagogical Processes of Dificulty Elements – english version

O Campeonato Pan Americano de Lima/Peru encerrou o calendário de competições de Aeróbica em 2016 com saldo muito positivo para o Brasil. O país participou de várias etapas internacionais, inclusive do Campeonato Mundial na Coréia e da Gala de Ginástica na Rio 2016 onde a Aeróbica demonstrou uma rotina sólida com 23 atletas que encantou público e dirigentes. Foi um ano de crescimento mas os atletas querem mais e, se depender do trabalho do Brasil, vai ter Ginástica Aeróbica nas Olimpíadas de 2024, com certeza.

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